Definição
O Ativo Não Circulante é o grupo do balanço patrimonial que reúne os bens e direitos de realização a longo prazo, ou seja, que não se convertem em dinheiro dentro do ciclo operacional da empresa nem em até 12 meses após o encerramento do exercício.
Esses ativos representam recursos que sustentam a operação e a estrutura da empresa no longo prazo, como imóveis, máquinas, patentes, softwares e investimentos de permanência. São essenciais para manter a capacidade produtiva e a continuidade das atividades empresariais.
Contexto e aplicação
- Bens e direitos de uso duradouro: são utilizados permanentemente na operação, sem intenção de revenda imediata.
- Baixa liquidez: levam mais de um ano para serem convertidos em caixa.
- Finalidade: podem ser empregados diretamente nas atividades (como o ativo imobilizado) ou mantidos para gerar receita futura (como investimentos).
- Controle contábil: a classificação entre circulante e não circulante deve observar o prazo esperado de realização.
De acordo com o art. 179 da Lei nº 6.404/1976, o Ativo Não Circulante compreende quatro subgrupos principais:
- Realizável a Longo Prazo;
- Investimentos;
- Imobilizado;
- Intangível.
Cálculo e contabilização
O reconhecimento de um ativo não circulante depende de sua intenção de uso e do prazo de realização. São classificados de acordo com a natureza:
- Realizável a Longo Prazo: direitos que serão recebidos após o término do próximo exercício social (ex.: duplicatas a receber em 18 meses).
- Investimentos: participações permanentes em outras sociedades ou aplicações financeiras de longo prazo.
- Imobilizado: bens tangíveis utilizados nas operações, como imóveis, veículos e equipamentos.
- Intangível: bens incorpóreos, como marcas, patentes, softwares e goodwill.
Exemplo prático
Veja alguns exemplos típicos de ativos não circulantes divididos por subgrupos:
- Ativo Imobilizado: imóveis, máquinas, equipamentos, veículos.
- Ativo Intangível: patentes, marcas registradas, softwares, fundo de comércio (goodwill).
- Investimentos: participações permanentes e aplicações financeiras com resgate acima de 12 meses.
- Realizável a Longo Prazo: duplicatas a receber ou empréstimos concedidos com vencimento superior a um ano.
Benefícios
- Base sólida de operação: representa os ativos essenciais ao funcionamento e expansão da empresa.
- Visão de longo prazo: auxilia na análise da estrutura de capital e na capacidade de geração de resultados futuros.
- Gestão patrimonial eficiente: permite controle de depreciação, amortização e reavaliação dos ativos.
- Transparência contábil: melhora a qualidade das demonstrações financeiras e o entendimento por investidores e credores.
Referências
- Lei nº 6.404/1976 — Art. 179, classificação dos ativos.
- CPC 26 (R1) — Apresentação das Demonstrações Contábeis.
- CPC 27 — Ativo Imobilizado.
- CPC 04 (R1) — Ativo Intangível.
- GARCIA, Edino; MENDES, Wagner. Enciclopédia de Lançamentos Contábeis. Freitas Bastos, 2020.
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Nota editorial
Conteúdo elaborado para o Guia da Contabilidade da contabilidade.com. Este verbete é informativo e não substitui a análise técnica de um contador.

