A aparente instabilidade faz com que muitas pessoas tenham medo de trabalhar de forma autônoma. Mas já parou para pensar que trabalhar como CLT não é nenhuma garantia de estabilidade? Sim, você tem garantido aquele salário exato no fim do mês, mas a médio e longo prazo, nenhum emprego oferece certeza do amanhã. O que te manterá “estável” na vaga será a sua competência como profissional, e mesmo assim você estará sujeito às mudanças na empresa e na economia brasileira, que convenhamos é bastante instável.
Outra razão para que muitas pessoas tenham receio em se tornar PJ é a insegurança financeira. No regime CLT o empregado tem garantidos alguns direitos como 13º salário, seguro desemprego, férias remuneradas, seguro maternidade e seguro de saúde (muitas vezes particular, oferecido pela empresa). Se ele sofre um acidente, por exemplo, pode ficar afastado sem perder totalmente os ganhos. Já o PJ não, ele depende 100% do próprio trabalho e qualquer imprevisto pode representar um perigo as suas finanças.
Como contornar os riscos de ser um PJ? Pois saiba que, optando em trabalhar como autônomo, essa insegurança pode sim ser contornada. Gerindo seus ganhos, evitando dívidas, poupando e investindo corretamente, você poderá ter até mais estabilidade que uma pessoa empregada sob regime CLT.
Além de cobrir seu custo de vida pessoal e o “custo de vida” do negócio, seus ganhos mensais devem cobrir: férias anuais, seguro de saúde, aposentadoria, reserva de emergência e custo de depreciação.
Risco – Ficar sem Aposentadoria
Solução – Aqui você tem duas opções: contratar um plano de aposentadoria particular ou contribuir com o INSS. No segundo caso, é necessário cadastrar-se no INSS e pagar as guias mensais, que variam de R$ 49,90 a R$ 1.167,89 (na tabela de 2019), de acordo com os ganhos. Aqueles que abrirem uma empresa como MEI (microempreendedor individual) pagarão uma taxa fixa mensal com o INSS já incluso. Em termos de aposentadoria, o ideal é que o INSS seja apenas um complemento. Se não quiser contratar um plano privado, você pode também se comprometer a uma poupança regular, investir em títulos públicos, fundos de investimento, etc.
Risco – Não poder se afastar por motivo de saúde
Solução – Se estivermos falando de seguro de saúde, você também pode contar com um plano privado ou com o INSS, nos mesmos termos analisados anteriormente. Caso prefira o caminho da reserva financeira, o ideal é ter ela equivalha a pelo menos 4 meses de ganhos mensais. Mulheres que planejam engravidar, por exemplo, podem considerar aí um período maior, a depender do período que gostariam de ficar de licença.
Risco – Aumento repentino de custos
Solução – Ter uma Reserva de emergência – Como pessoa física é fundamental ter reservas e como pessoa jurídica também. Além das questões de saúde, diversos imprevistos podem te afastar do trabalho e ainda aumentar seus custos de repente: uma questão na família que exija sua maior presença e dedicação, um problema jurídico, multas, penalidades, consertos, etc. Autônomos precisam ter um cuidado maior com a reserva de emergência. Especialistas dizem que o ideal é que ela assegure seu padrão de vida por um ano.
Risco – Depreciação das ferramentas de trabalho
Solução – A depreciação é a perda do valor de um bem pelo seu uso e pelo tempo. Isso significa que se você comprar um computador, ao longo do tempo é normal que ele estrague e se desvalorize. Em algum momento você precisará fazer um novo investimento e comprar um computador novo. Isso acontece bastante com os veículos. É essencial que em sua gestão financeira você considere a depreciação das suas ferramentas de trabalho. Se você já sabe que a cada 4 anos precisará trocar de carro, deve reservar todo mês uma porcentagem dos ganhos que será destinada a essa finalidade. Confira aqui a taxa de depreciação anual de diversos bens.
Risco – Não poder tirar férias
Solução – para o PJ, um dia sem trabalhar é um dia sem receber. Portanto, se você quer garantir suas férias anuais, é essencial separar todo mês uma parte dos ganhos para essa finalidade. Estabeleça uma porcentagem mensal que, ao longo de 11 meses, represente o necessário para você tirar suas férias no 12º mês.
Resumo da ópera
Percebeu que, à medida que o negócio começa a dar lucro, você precisa focar em alimentar todos esses “fundos”? Quanto antes eles estiverem garantidos, mais seguro você estará.
É muito comum o PJ, logo que começa a ter algum sucesso em sua nova empreitada, se encantar com o fato de estar ganhando mais em comparação com a época em que era CLT. Será mesmo? Se você puser na ponta do lápis quanto valia todas aquelas garantias financiadas pelo empregador juntamente com o Estado, talvez perceba que ainda não esteja ganhando bem o suficiente.
Essa é uma mudança essencial de mindset. Quanto você precisa ganhar para cobrir todos os pontos necessários e assim usufruir de uma maior estabilidade sendo PJ?
Como já comentamos nesse post aqui, separar as finanças pessoais das profissionais é o primeiro passo para pôr as coisas em ordem. Estabeleça seu pró-labore e tenha contas bancárias separadas.
Se com os seus ganhos você não conseguir atender minimamente a estas 5 necessidades, você não se encontra em uma situação tão estável assim. Reveja os preços dos seus serviços, seus custos e seu padrão de consumo. Você deverá buscar meios de aumentar a sua renda ou deverá reduzir o seu padrão de consumo.
Muitas pesquisas já mostraram que o brasileiro possui uma das menores taxas de poupança do mundo. Nas classes A e B, 54% gastam tudo que ganham, usando o dinheiro que eventualmente sobra no fim do mês para satisfazer desejos imediatos (roupa nova, celular, restaurantes, viagens, etc).
São poucos os que conseguem pensar no futuro, criar e manter uma reserva financeira que garanta mais segurança diante de imprevistos. A maioria, quando o inesperado acontece, acaba recorrendo ao cartão de crédito e outras modalidades caríssimas de endividamento. Se essa pessoa for PJ a situação é alarmante, pois coloca em risco a própria fonte de renda.
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