Impostos de PJ: Simples x Lucro Presumido — como escolher, calcular e pagar menos

Impostos de PJ: Simples x Lucro Presumido — como escolher, calcular e pagar menos

Publicado em26/09/2025

Tempo leitura9min 45s

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Qual o melhor regime de tributação para prestador de serviços PJ em 2025? Depende do seu faturamento, composição de custos e folha. Neste guia, você vai entender na prática Simples Nacional x Lucro Presumido (como funciona, o que incide, exemplos de cálculo), quando o Fator R reduz o DAS e como evitar erros que aumentam a carga tributária.

Quer começar certo? Abra sua empresa PJ 100% online, contrate um plano de contabilidade e fale com especialistas no WhatsApp para simular o cenário ideal.

Leia também: nosso artigo principal sobre PJ — diferenças para CLT, custos, NFS-e e passo a passo de abertura.

Visão geral: qual regime faz sentido para você

Para a maioria dos prestadores de serviço, o Simples Nacional tende a ser vantajoso no início (especialmente com Fator R ≥ 28%, que permite Anexo III). Em faixas de faturamento mais altas ou quando a estrutura de custos/folha não favorece o Fator R, o Lucro Presumido pode ser competitivo — sobretudo em serviços com margens presumidas específicas e créditos/insumos pouco relevantes.

Decida com dados: peça uma simulação tributária e compare seu líquido como PJ.

Como funciona o Simples Nacional para PJ de serviços

  • DAS (guia única) com IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e ISS (e ICMS quando aplicável) embutidos.
  • Anexos por setor. Em serviços, Anexo III (alíquotas menores) e Anexo V (maiores) são os mais relevantes.
  • Fator R: quando FS12/RBT12 ≥ 28%, atividades sujeitas podem ir ao Anexo III; se < 28%, ficam no Anexo V. Entenda o Fator R para PJ.
  • RBT12: sua alíquota efetiva muda conforme o faturamento acumulado em 12 meses.

Vantagens: simplicidade, guia única, previsão de alíquota por faixa. Pontos de atenção: risco de ir ao Anexo V (alíquota mais alta), limites de receita e regras municipais de ISS. Fale com nossos contadores para otimizar seu anexo.

Como funciona o Lucro Presumido (serviços)

  • IRPJ e CSLL calculados sobre um percentual presumido da receita (em serviços, em geral 32% para a base do IRPJ/CSLL; há exceções por atividade). IRPJ 15% + adicional de 10% sobre a parcela de base que exceder o limite; CSLL 9%.
  • PIS/COFINS normalmente no regime cumulativo (PIS 0,65% + COFINS 3,0%) sobre a receita bruta — sem créditos.
  • ISS é municipal (em torno de 2%–5%, conforme o serviço e a cidade).

Vantagens: previsibilidade da base presumida e, em alguns cenários, carga menor para quem não bate o Fator R e tem margens altas. Pontos de atenção: obrigações acessórias mais extensas e apurações separadas (não há “DAS” único). Veja qual regime fecha melhor na sua realidade.

Comparativo rápido: Simples x Presumido

CritérioSimples Nacional (serviços)Lucro Presumido (serviços)
IncidênciaDAS (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ISS em guia única)IRPJ/CSLL sobre base presumida; PIS/COFINS cumulativo; ISS separado
AlíquotaPor anexo/faixa (RBT12); Fator R pode reduzir (Anexo III)IRPJ 15% (+ adicional) e CSLL 9% sobre base; PIS/COFINS 3,65% sobre receita; ISS 2%–5%
ComplexidadeMenor (guia única e anexos)Maior (apuração separada e mais obrigações)
Vantagem típicaMelhor com Fator R ≥ 28% e/ou em faixas menores de RBT12Competitivo quando Fator R não fecha e margens são favoráveis

Quer um comparativo com seus números? Solicite um estudo personalizado ou fale com especialistas.

Exemplos práticos de cálculo

Exemplo A — Simples (serviços com Fator R ≥ 28%)

Suponha RBT12 na primeira faixa e atividade sujeita ao Fator R classificada no Anexo III. A alíquota efetiva inicial do anexo é menor do que no Anexo V, refletindo-se num DAS relativamente mais baixo. Variações de RBT12 e mudanças de anexo alteram o resultado.

Exemplo B — Lucro Presumido (serviços em geral)

Receita mensal de R$ 40.000. Base presumida de 32% → R$ 12.800. IRPJ 15% = R$ 1.920 (desconsidere adicional neste nível), CSLL 9% = R$ 1.152. PIS/COFINS cumulativo 3,65% sobre R$ 40.000 = R$ 1.460. Some o ISS municipal (ex.: 3% = R$ 1.200). Total estimado: ~R$ 5.732 (exemplo didático; não substitui apuração oficial).

Qual fecha melhor para você? Rodamos as simulações e sugerimos o regime ideal para o seu caso.

Limites, sublimites e quando trocar de regime

  • Limites do Simples: atenção ao teto anual e a eventuais sublimites estaduais/municipais (podem impactar ICMS/ISS dentro do DAS).
  • Janela do Fator R: cálculo mensal com base nos últimos 12 meses (FS12 por caixa e RBT12 por competência); quedas/aumentos podem mover você entre Anexo III e V.
  • Migração: crescimento de faturamento, mudança de mix de serviços e alterações de custos podem justificar avaliação do Lucro Presumido.

Ficou na dúvida? Conte com nossa assessoria para escolher a hora certa de trocar.

Retenções na fonte e NFS-e (ISS/IR/PIS/COFINS/CSLL)

Em contratos B2B, o tomador pode reter tributos (ISS, IRRF, PIS/COFINS/CSLL) conforme legislação e contrato. Isso afeta o líquido recebido e a conferência do seu DAS ou das apurações no Presumido. Parametrize a NFS-e com o código de serviço correto e descreva o escopo conforme o contrato.

Evite glosas: deixe nossa equipe parametrizar sua emissão e use um contrato PJ robusto.

Erros comuns que encarecem seus impostos

  • Ignorar o Fator R: pode mantê-lo no Anexo V pagando mais sem necessidade.
  • CNAE e código de serviço inadequados: geram retenções indevidas e erros de ISS.
  • Misturar finanças pessoais e do CNPJ: dificulta controle e aumenta risco fiscal.
  • Emitir notas e guias em atraso: multas, juros e bloqueios.
  • Pular reavaliações periódicas: seu melhor regime hoje pode não ser o de amanhã.

Resolva isso com contabilidade online e acompanhamento mensal.

FAQ – Dúvidas frequentes

1) Qual é o melhor regime para prestador de serviços PJ?
Depende do faturamento, folha (Fator R), município/ISS e estrutura de custos. Em muitos casos, Simples com Fator R ≥ 28% (Anexo III) é vantajoso; sem Fator R ou em faixas altas, o Presumido pode competir.

2) O que é o Fator R?
É a razão entre folha com encargos pagos nos últimos 12 meses (FS12) e receita bruta dos últimos 12 meses (RBT12). Se ≥ 28% em atividades sujeitas, permite tributar no Anexo III.

3) Quais tributos pago no Lucro Presumido?
IRPJ e CSLL sobre base presumida (em serviços, normalmente 32% da receita para a base), PIS/COFINS cumulativo (3,65% no total) e ISS municipal conforme atividade/cidade.

4) O Simples tem um limite de faturamento?
Sim. Há teto anual e, em algumas regiões, sublimites que afetam o tratamento de ICMS/ISS. Acompanhe seu RBT12 para não ser surpreendido.

5) Retenções na fonte reduzem meu DAS?
Não “reduzem” o DAS, mas alteram o líquido a receber e precisam ser consideradas na apuração/conciliação. Parametrize a NFS-e e o contrato corretamente.

Conclusão e próximos passos

Escolher entre Simples e Lucro Presumido exige simulação realista do seu fluxo de caixa, análise do Fator R e atenção ao ISS municipal. Com acompanhamento mensal, você paga o mínimo possível dentro da lei e evita sustos ao longo do ano.

Pronto para decidir com segurança? Abra sua empresa PJ 100% online, contrate um plano de contabilidade e fale com especialistas no WhatsApp para receber seu comparativo personalizado.

Para aprofundar: leia nosso artigo principal sobre PJ e entenda custos, Fator R, NFS-e e abertura de empresa.

Erico Azevedo

Escrito por:

Erico Azevedo

Erico Azevedo é um empreendedor serial de negócios de tecnologia e co-fundador da Contabilidade.com, uma plataforma que resolve a vida de profissionais liberais e prestadores de serviços com CNPJ. Criou em 2018 a Wabbi Software, primeira plataforma contábil em nuvem do Brasil, posteriormente incorporada pela Contaazul, onde atuou na área de Produtos. É co-fundador do Contbank, primeiro banco digital que usa AI e Contadores para melhorar a vida de milhares de MPE's brasileiras. Foi também co-fundador do Investshop.com, no início dos anos 2000, junto a Guilherme Benchimol e outros executivos do Banco Bozano, Simonsen. Possui Ph.D. em Engenharia Elétrica pela UNICAMP e Ph.D. em Psicologia pela PUC/SP. Além de sua intensa atividade empresarial, é mentor de empresários e profissionais no Brasil e exterior.

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