Qual o melhor regime de tributação para prestador de serviços PJ em 2025? Depende do seu faturamento, composição de custos e folha. Neste guia, você vai entender na prática Simples Nacional x Lucro Presumido (como funciona, o que incide, exemplos de cálculo), quando o Fator R reduz o DAS e como evitar erros que aumentam a carga tributária.
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Leia também: nosso artigo principal sobre PJ — diferenças para CLT, custos, NFS-e e passo a passo de abertura.
Visão geral: qual regime faz sentido para você
Para a maioria dos prestadores de serviço, o Simples Nacional tende a ser vantajoso no início (especialmente com Fator R ≥ 28%, que permite Anexo III). Em faixas de faturamento mais altas ou quando a estrutura de custos/folha não favorece o Fator R, o Lucro Presumido pode ser competitivo — sobretudo em serviços com margens presumidas específicas e créditos/insumos pouco relevantes.
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Como funciona o Simples Nacional para PJ de serviços
- DAS (guia única) com IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e ISS (e ICMS quando aplicável) embutidos.
- Anexos por setor. Em serviços, Anexo III (alíquotas menores) e Anexo V (maiores) são os mais relevantes.
- Fator R: quando FS12/RBT12 ≥ 28%, atividades sujeitas podem ir ao Anexo III; se < 28%, ficam no Anexo V. Entenda o Fator R para PJ.
- RBT12: sua alíquota efetiva muda conforme o faturamento acumulado em 12 meses.
Vantagens: simplicidade, guia única, previsão de alíquota por faixa. Pontos de atenção: risco de ir ao Anexo V (alíquota mais alta), limites de receita e regras municipais de ISS. Fale com nossos contadores para otimizar seu anexo.
Como funciona o Lucro Presumido (serviços)
- IRPJ e CSLL calculados sobre um percentual presumido da receita (em serviços, em geral 32% para a base do IRPJ/CSLL; há exceções por atividade). IRPJ 15% + adicional de 10% sobre a parcela de base que exceder o limite; CSLL 9%.
- PIS/COFINS normalmente no regime cumulativo (PIS 0,65% + COFINS 3,0%) sobre a receita bruta — sem créditos.
- ISS é municipal (em torno de 2%–5%, conforme o serviço e a cidade).
Vantagens: previsibilidade da base presumida e, em alguns cenários, carga menor para quem não bate o Fator R e tem margens altas. Pontos de atenção: obrigações acessórias mais extensas e apurações separadas (não há “DAS” único). Veja qual regime fecha melhor na sua realidade.
Comparativo rápido: Simples x Presumido
Critério | Simples Nacional (serviços) | Lucro Presumido (serviços) |
---|---|---|
Incidência | DAS (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ISS em guia única) | IRPJ/CSLL sobre base presumida; PIS/COFINS cumulativo; ISS separado |
Alíquota | Por anexo/faixa (RBT12); Fator R pode reduzir (Anexo III) | IRPJ 15% (+ adicional) e CSLL 9% sobre base; PIS/COFINS 3,65% sobre receita; ISS 2%–5% |
Complexidade | Menor (guia única e anexos) | Maior (apuração separada e mais obrigações) |
Vantagem típica | Melhor com Fator R ≥ 28% e/ou em faixas menores de RBT12 | Competitivo quando Fator R não fecha e margens são favoráveis |
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Exemplos práticos de cálculo
Exemplo A — Simples (serviços com Fator R ≥ 28%)
Suponha RBT12 na primeira faixa e atividade sujeita ao Fator R classificada no Anexo III. A alíquota efetiva inicial do anexo é menor do que no Anexo V, refletindo-se num DAS relativamente mais baixo. Variações de RBT12 e mudanças de anexo alteram o resultado.
Exemplo B — Lucro Presumido (serviços em geral)
Receita mensal de R$ 40.000. Base presumida de 32% → R$ 12.800. IRPJ 15% = R$ 1.920 (desconsidere adicional neste nível), CSLL 9% = R$ 1.152. PIS/COFINS cumulativo 3,65% sobre R$ 40.000 = R$ 1.460. Some o ISS municipal (ex.: 3% = R$ 1.200). Total estimado: ~R$ 5.732 (exemplo didático; não substitui apuração oficial).
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Limites, sublimites e quando trocar de regime
- Limites do Simples: atenção ao teto anual e a eventuais sublimites estaduais/municipais (podem impactar ICMS/ISS dentro do DAS).
- Janela do Fator R: cálculo mensal com base nos últimos 12 meses (FS12 por caixa e RBT12 por competência); quedas/aumentos podem mover você entre Anexo III e V.
- Migração: crescimento de faturamento, mudança de mix de serviços e alterações de custos podem justificar avaliação do Lucro Presumido.
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Retenções na fonte e NFS-e (ISS/IR/PIS/COFINS/CSLL)
Em contratos B2B, o tomador pode reter tributos (ISS, IRRF, PIS/COFINS/CSLL) conforme legislação e contrato. Isso afeta o líquido recebido e a conferência do seu DAS ou das apurações no Presumido. Parametrize a NFS-e com o código de serviço correto e descreva o escopo conforme o contrato.
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Erros comuns que encarecem seus impostos
- Ignorar o Fator R: pode mantê-lo no Anexo V pagando mais sem necessidade.
- CNAE e código de serviço inadequados: geram retenções indevidas e erros de ISS.
- Misturar finanças pessoais e do CNPJ: dificulta controle e aumenta risco fiscal.
- Emitir notas e guias em atraso: multas, juros e bloqueios.
- Pular reavaliações periódicas: seu melhor regime hoje pode não ser o de amanhã.
Resolva isso com contabilidade online e acompanhamento mensal.
FAQ – Dúvidas frequentes
1) Qual é o melhor regime para prestador de serviços PJ?
Depende do faturamento, folha (Fator R), município/ISS e estrutura de custos. Em muitos casos, Simples com Fator R ≥ 28% (Anexo III) é vantajoso; sem Fator R ou em faixas altas, o Presumido pode competir.
2) O que é o Fator R?
É a razão entre folha com encargos pagos nos últimos 12 meses (FS12) e receita bruta dos últimos 12 meses (RBT12). Se ≥ 28% em atividades sujeitas, permite tributar no Anexo III.
3) Quais tributos pago no Lucro Presumido?
IRPJ e CSLL sobre base presumida (em serviços, normalmente 32% da receita para a base), PIS/COFINS cumulativo (3,65% no total) e ISS municipal conforme atividade/cidade.
4) O Simples tem um limite de faturamento?
Sim. Há teto anual e, em algumas regiões, sublimites que afetam o tratamento de ICMS/ISS. Acompanhe seu RBT12 para não ser surpreendido.
5) Retenções na fonte reduzem meu DAS?
Não “reduzem” o DAS, mas alteram o líquido a receber e precisam ser consideradas na apuração/conciliação. Parametrize a NFS-e e o contrato corretamente.
Conclusão e próximos passos
Escolher entre Simples e Lucro Presumido exige simulação realista do seu fluxo de caixa, análise do Fator R e atenção ao ISS municipal. Com acompanhamento mensal, você paga o mínimo possível dentro da lei e evita sustos ao longo do ano.
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Para aprofundar: leia nosso artigo principal sobre PJ e entenda custos, Fator R, NFS-e e abertura de empresa.