Anexos do Simples Nacional 2025: o que cada anexo cobre, alíquota inicial e exemplos por atividade

Anexos do Simples Nacional 2025: o que cada anexo cobre, alíquota inicial e exemplos por atividade

Publicado em10/09/2025

Tempo leitura11min 35s

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Os anexos do Simples Nacional são as tabelas que definem alíquotas por faixa de faturamento (RBT12) e a parcela a deduzir de acordo com a atividade exercida. Em linguagem prática: é o anexo que determina quanto sua empresa paga no DAS em cada mês. 

Neste guia, você entende o que entra em cada anexo, como descobrir o enquadramento pelo CNAE, quando a CPP fica fora do DAS no Anexo IV e em quais serviços o Fator R pode levar do Anexo V para o III. 

Para o panorama completo do regime, limites e sublimites e um passo a passo de cálculo, consulte o nosso artigo principal Guia do Simples Nacional.

Para checar rapidamente CNAE, anexo, Fator R, faixa e alíquota, use a sua Tabela do Simples Nacional 2025.

O que são os anexos e por que importam

São 5 anexos que agrupam atividades:

  • Anexo I - comércio;
  • Anexo II - indústria;  
  • Anexos III, IV, V - serviços.

Cada anexo tem faixas de RBT12 com alíquotas nominais + parcela a deduzir, que resulta na alíquota efetiva do mês.

Nos serviços (Anexo III, IV e V), a tributação varia muito entre Anexo III e V, e o Fator R é decisivo para reduzir a carga tributária.

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Como descobrir seu anexo pelo CNAE

  1. Identifique o CNAE da atividade faturada no mês.
  2. Consulte na Tabela do Simples Nacional 2025 o anexo correspondente.
  3. Verifique se a atividade é elegível ao Fator R (quando originalmente no V).
  4. Enquadre-se na faixa do RBT12 e aplique a fórmula para chegar à alíquota efetiva.

Evite erros: consulte sempre a Tabela do Simples Nacional 2025 com CNAE, anexos, Fator R e alíquotas atualizadas.

Resumo dos anexos

  1. Anexo I: Comércio: alíquota inicial 4,0%. CPP no DAS. Atenção ao ICMS.
  2. Anexo II: Indústria: alíquota inicial 4,5%. CPP no DAS. Atenção a benefícios estaduais.
  3. Anexo III: Serviços selecionados: alíquota inicial 6,0%. CPP no DAS. Atenção ao cruzamento com Anexo V via Fator R.
  4. Anexo IV: Serviços com CPP fora do DAS: alíquota inicial 4,5%. CPP fora do DAS. Importante no custo de folha.
  5. Anexo V: Serviços técnicos e intelectuais: alíquota inicial 15,5%. Pode cair no III com Fator R

Anexo I — Comércio

Quem entra: revenda de mercadorias no varejo ou atacado.
Alíquota inicial da primeira faixa: 4,0%.
CPP no DAS: sim.
Sublimite: se o RBT12 ultrapassar o patamar previsto, o ICMS pode sair do DAS e ser recolhido em guia estadual.
Exemplos típicos: lojas de vestuário e acessórios, materiais de escritório, autopeças, comércio eletrônico de mercadorias.
Boas práticas: atenção a ICMS-ST e DIFAL para operações interestaduais, que são fora do DAS.

Anexo II — Indústria

Quem entra: fábricas e indústrias, inclusive transformação.
Alíquota inicial da primeira faixa: 4,5%.
CPP no DAS: sim.
Sublimite: ICMS pode sair do DAS conforme o RBT12.
Exemplos típicos: fabricação de móveis, confecção de roupas, metalurgia leve, gráfica com produção, alimentos processados.
Boas práticas: parametrizar corretamente NCM, CFOP, ICMS-ST e benefícios estaduais.

Anexo III — Serviços selecionados

Quem entra: serviços como instalação e manutenção, agências de viagens, treinamento e outras atividades de serviços não enquadradas no IV ou V.
Alíquota inicial da primeira faixa: 6,0%.
CPP no DAS: sim.
Fator R: não se aplica para entrar no III; aqui o Fator R tem efeito quando a atividade originalmente seria do Anexo V.
Exemplos típicos: manutenção de equipamentos, academias, escolas de idiomas, agências de viagem, clínicas de estética não médicas.
Boas práticas: separar bem as receitas por atividade quando o CNPJ também presta serviços do V.

Anexo IV — Serviços com CPP fora do DAS

Quem entra: construção civil e obras, vigilância e segurança, limpeza e conservação, advocacia.
Alíquota inicial da primeira faixa: 4,5%.
CPP no DAS: não; a Contribuição Patronal Previdenciária é recolhida em guia à parte.
Exemplos típicos: empreiteiras de obras, serviços de engenharia com mão de obra, escritórios de advocacia, empresas de vigilância e limpeza.
Boas práticas: planejar folha e encargos porque a CPP fora do DAS impacta o custo total.

Anexo V — Serviços técnicos e intelectuais com Fator R

Quem entra: atividades de natureza técnica, científica, intelectual, artística ou desportiva, entre outras listadas nesse anexo.
Alíquota inicial da primeira faixa: 15,5%.
CPP no DAS: sim.
Fator R: se Folha 12m ÷ RBT12 ≥ 28%, a tributação pode ocorrer pelo Anexo III no mês, reduzindo alíquota efetiva.
Exemplos típicos: TI e software, publicidade e propaganda, consultoria empresarial, design, arquitetura e engenharia, auditoria, clínicas médicas especializadas.
Boas práticas: simular pró-labore e contratações para sustentar o Fator R acima de 28% quando fizer sentido econômico.

Quadro comparativo rápido

AnexoAbrangência principalAlíquota InicialCPP no DASFator RExemplos
Anexo IComércio4,0%SimNãoVarejo, atacado, e-commerce de mercadorias
Anexo IIIndústria4,5% SimNãoFábrica de móveis, confecção, gráfica com produção
Anexo IIIServiços selecionados6,0%SimNão diretoManutenção, academias, cursos, agências
Anexo IVServiços com CPP fora do DAS4,5% Não NãoObras, vigilância, limpeza, advocacia
Anexo VServiços técnicos/intelectuais15,5%SimSimTI, publicidade, consultoria, engenharia


Observação: as alíquotas efetivas dependem da faixa de RBT12 e da parcela a deduzir de cada anexo.

Estudos de caso rápidos

  • E-commerce de eletrônicos: Anexo I. ICMS-ST fora do DAS.
  • Fábrica de móveis: Anexo II. Revisar créditos de ICMS.
  • Agência de viagens: Anexo III. Verifique retenções de ISS.
  • Construtora por empreitada: Anexo IV. CPP fora do DAS.
  • Software sob encomenda + consultoria: Anexo V, mas pode cair no III com Fator R.

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FAQ - Perguntas frequentes sobre Anexos do Simples Nacional

1) Meu CNPJ tem mais de uma atividade. Posso ter anexos diferentes no mesmo mês?
Sim. Segregue o faturamento por atividade no PGDAS-D e aplicar o anexo correspondente a cada uma.

2) O Fator R muda o meu CNAE?
Não. O Fator R apenas altera o anexo de tributação do serviço elegível no mês, conforme a relação Folha 12m ÷ RBT12.

3) No Anexo IV eu pago menos porque a alíquota inicial é 4,5%?
Não necessariamente. No Anexo IV a CPP é fora do DAS, o que muda o custo total da folha.

4) Como descubro o meu anexo com precisão?
Pelo CNAE da atividade faturada, consultando a Tabela do Simples Nacional 2025 e verificando regras específicas do município e do estado quando houver reflexos em ISS/ICMS.

5) Anexos têm as mesmas faixas para todas as empresas?
As faixas são padronizadas, mas a alíquota efetiva depende do seu RBT12, do anexo e, para serviços elegíveis, do Fator R.

Conclusão

Escolher e aplicar o anexo correto em cada faturamento é o que separa uma apuração enxuta de uma guia mais cara do que o necessário. Use o CNAE como ponto de partida, confira a Tabela do Simples Nacional 2025, segmente as receitas por atividade no PGDAS-D e avalie Fator R sempre que houver serviços do Anexo V. Se estiver estruturando o CNPJ ou revisando o enquadramento, formalize sua empresa sem burocracia com abertura gratuita de CNPJ, contrato social e certificado digital incluídos.

Para aprofundar no tema, leia também:


Para conectar este conteúdo às demais regras do regime e navegar por limites, sublimites, cálculo do DAS e PGDAS-D, avance para o nosso artigo principal sobre o Simples Nacional.

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Erico Azevedo

Escrito por:

Erico Azevedo

Erico Azevedo é um empreendedor serial de negócios de tecnologia e co-fundador da Contabilidade.com, uma plataforma que resolve a vida de profissionais liberais e prestadores de serviços com CNPJ. Criou em 2018 a Wabbi Software, primeira plataforma contábil em nuvem do Brasil, posteriormente incorporada pela Contaazul, onde atuou na área de Produtos. É co-fundador do Contbank, primeiro banco digital que usa AI e Contadores para melhorar a vida de milhares de MPE's brasileiras. Foi também co-fundador do Investshop.com, no início dos anos 2000, junto a Guilherme Benchimol e outros executivos do Banco Bozano, Simonsen. Possui Ph.D. em Engenharia Elétrica pela UNICAMP e Ph.D. em Psicologia pela PUC/SP. Além de sua intensa atividade empresarial, é mentor de empresários e profissionais no Brasil e exterior.

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