ISS no Simples Nacional: o que entra no DAS, quando sai, códigos de serviço e alíquotas por cidade

ISS no Simples Nacional: o que entra no DAS, quando sai, códigos de serviço e alíquotas por cidade

Publicado em10/09/2025

Tempo leitura9min 20s

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O ISS no Simples Nacional pode ser recolhido dentro do DAS ou fora do DAS, conforme o RBT12 e os sublimites do regime. Além disso, há situações de retenção de ISS, código de serviço por município e regras da LC 116/2003 que afetam o valor final da guia. Neste guia prático você entende quando o ISS fica no DAS, quando vai para guia própria, como achar alíquota municipal e código de serviço, e como evitar erros na NFS-e. 

Para a visão completa do regime, consulte nosso guia completo do Simples Nacional.

Referências de autoridade que você pode conferir: 

Quando o ISS fica no DAS e quando sai

  • Até RBT12 de R$ 3,6 milhões: o ISS é, em regra, recolhido no DAS.
  • De RBT12 entre R$ 3,6 mi e R$ 4,32 mi: a empresa permanece no Simples, mas ISS e ICMS passam a ser recolhidos fora do DAS a partir de janeiro do ano seguinte.
  • De RBT12 entre R$ 4,32 mi e R$ 4,8 mi: ISS/ICMS saem do DAS no mês seguinte ao excesso.
  • Acima de R$ 4,8 mi: desenquadramento do Simples no início do próximo ano; acima de R$ 5,76 mi, desenquadramento imediato.

Dica: monitorar RBT12 mês a mês evita recolher ISS no lugar errado e sofrer autuações municipais.

Retenção de ISS, local da incidência e LC 116

Retenção de ISS: diversos municípios exigem que o tomador retenha o ISS na fonte em serviços específicos. Isso não é impedimento ao Simples; apenas muda quem paga e como comprovar.

Local da incidência: como regra, ISS é devido no município do estabelecimento do prestador. A LC 116/2003 lista exceções em que o imposto é devido no tomador (ex.: construção civil, saúde, vigilância, dentre outros).

Base e alíquota: variam por legislação municipal; no Simples, quando o ISS está dentro do DAS, ele já compõe a alíquota efetiva. Quando fora do DAS, aplica-se a alíquota do município conforme código de serviço.

Códigos de serviço e alíquotas por cidade

Código de serviço: a NFS-e exige o código municipal alinhado à LC 116/2003.

Alíquota: cada prefeitura define percentuais, normalmente entre 2% e 5%, respeitando a lei complementar.

Para reduzir erros de emissão, consulte nossa Tabela de ISS por cidade e, quando aplicável, a Tabela de Códigos e Alíquotas de ISS em São Paulo. Esse material será o hub para suas páginas programáticas por cidade e capta muitas variações locais de busca.

ISS x Fator R e anexos

O Fator R decide Anexo III ou V para parte dos serviços; isso muda a alíquota efetiva do DAS quando o ISS está dentro do DAS.

Se o ISS for fora do DAS por sublimite, o Fator R continua relevante para os tributos federais dentro do DAS, mas o ISS obedecerá alíquota municipal e regras de retenção.

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Passo a passo para emitir a NFS-e sem surpresas

  • Verifique RBT12 para saber se o ISS está no DAS ou fora.
  • Identifique o serviço e o código municipal correto.
  • Cheque alíquota do município e se há retenção para o seu tipo de serviço e tomador.
  • Emita a NFS-e com destaque da situação:
  • ISS no DAS: informar que é optante pelo Simples e seguir orientação local.
  • ISS fora do DAS: aplicar alíquota municipal, observar retenção e recolhimento em guia própria.
  • Apure no PGDAS-D o que é do DAS e separe o que é guia municipal.

Se preferir facilitar delegando essa rotina, conheça nossos planos de contabilidade online feitos sob medida para prestadores de serviço PJ no Simples Nacional.

Exemplos rápidos

  1. Agência de marketing – RBT12 de R$ 3,2 mi: ISS no DAS, sem sublimite. Se houver retenção pelo tomador, seguir regra da prefeitura e comprovar na apuração.
     
  2. Consultoria – RBT12 de R$ 4,4 mi em abril: ISS sai do DAS no mês seguinte. A partir de maio, recolhimento municipal; tributos federais continuam no DAS.
     
  3. Obra sujeita a exceção da LC 116: ISS devido no município do tomador, mesmo sem sublimite, conforme regra de local da incidência.

Erros que encarecem ISS no Simples Nacional

  • Emitir NFS-e com código errado de serviço.
  • Ignorar retenção obrigatória do município.
  • Não ajustar a virada de sublimite, mantendo ISS no DAS quando já deveria ser municipal.
  • Misturar receitas de serviços distintos sem segregar corretamente.
  • Desalinhamento com Fator R e anexos, elevando a alíquota efetiva sem necessidade.

Para revisar seus códigos e alíquotas, fale com um especialista. Tire suas dúvidas sobre regime tributário, Simples Nacional e abertura de empresa com nossos consultores. 

Checklist operacional Simples Nacional

  • RBT12 atualizado e verificado o sublimite.
  • Código de serviço conforme LC 116 e legislação municipal.
  • Alíquota municipal confirmada e regra de retenção checada.
  • Apuração no PGDAS-D coerente com a situação do ISS.
  • Arquivos e comprovantes guardados para fiscalização.

FAQ - Perguntas Frequentes Simples Nacional ISS

1) Quando o ISS sai do DAS no Simples Nacional?
Ao cruzar sublimites do RBT12: entre R$ 3,6 mi e R$ 4,32 mi, a saída vale a partir de janeiro do ano seguinte; entre R$ 4,32 mi e R$ 4,8 mi, a saída ocorre no mês seguinte ao excesso.

2) Posso ter retenção de ISS sendo do Simples Nacional?
Sim. Retenção é possível em muitos municípios e não impede o Simples. Apenas muda a forma de recolhimento e comprovação.

3) Qual alíquota aplico quando o ISS está fora do DAS?
A alíquota municipal correspondente ao código de serviço na sua NFS-e.

4) O Fator R muda o ISS quando ele está fora do DAS?
O Fator R não altera a alíquota municipal. Ele impacta os tributos dentro do DAS.

5) Como descubro o código de serviço correto?
Consulte a LC 116/2003 e a tabela da sua prefeitura. Nosso hub de ISS por cidade ajuda a localizar códigos e alíquotas rapidamente.

6) Se a prefeitura reteve 100% do ISS, ainda pago algo no DAS?
Quando o ISS está dentro do DAS, a retenção deve ser informada para não gerar bitributação na apuração. Quando está fora do DAS, a retenção substitui seu recolhimento para aquele serviço.

7) Mudou a alíquota do meu município no meio do ano. O que fazer?
Adequar a NFS-e a partir da vigência e manter comprovantes da legislação local.

8) Sou prestador para vários municípios. Onde pago o ISS?
Regra geral: no município do estabelecimento do prestador; verifique as exceções da LC 116/2003.

9) Como comprovar que ISS foi recolhido fora do DAS?
Com guia municipal paga e NFS-e com informações de retenção ou recolhimento.

10) ISS fora do DAS muda meu anexo?
Não. Anexo e Fator R seguem as regras do Simples; o que muda é o local e a forma de recolhimento do ISS.

Conclusão

Dominar ISS no Simples Nacional é alinhar RBT12 e sublimites, código de serviço e alíquota municipal, sem perder de vista retenções e exceções da LC 116. Isso reduz risco de autuação e evita pagar imposto a mais. Se você está formalizando, abra seu CNPJ gratuitamente em até 3 dias úteis com a contabilidade.com e comece a emitir notas fiscais pagando menos impostos.

Para navegar por anexos, Fator R, cálculo do DAS e limites do regime, leia o nosso guia completo do Simples Nacional.

Erico Azevedo

Escrito por:

Erico Azevedo

Erico Azevedo é um empreendedor serial de negócios de tecnologia e co-fundador da Contabilidade.com, uma plataforma que resolve a vida de profissionais liberais e prestadores de serviços com CNPJ. Criou em 2018 a Wabbi Software, primeira plataforma contábil em nuvem do Brasil, posteriormente incorporada pela Contaazul, onde atuou na área de Produtos. É co-fundador do Contbank, primeiro banco digital que usa AI e Contadores para melhorar a vida de milhares de MPE's brasileiras. Foi também co-fundador do Investshop.com, no início dos anos 2000, junto a Guilherme Benchimol e outros executivos do Banco Bozano, Simonsen. Possui Ph.D. em Engenharia Elétrica pela UNICAMP e Ph.D. em Psicologia pela PUC/SP. Além de sua intensa atividade empresarial, é mentor de empresários e profissionais no Brasil e exterior.

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