Limite e sublimites do Simples Nacional 2025: como calcular o RBT12, quando ISS e ICMS saem do DAS e o que fazer se ultrapassar

Limite e sublimites do Simples Nacional 2025: como calcular o RBT12, quando ISS e ICMS saem do DAS e o que fazer se ultrapassar

Publicado em10/09/2025

Tempo leitura7min 41s

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O limite do Simples Nacional é de R$ 4,8 milhões de receita bruta anual. A operação do regime no dia a dia, porém, depende do RBT12 (a soma da receita dos últimos 12 meses) e dos sublimites que determinam quando ISS e ICMS deixam de ser recolhidos na guia única DAS e passam para guias próprias. Neste guia você aprende a calcular o RBT12, entende os gatilhos de mudança e vê como planejar para não pagar a mais nem ser desenquadrado. 

Para uma visão completa do regime, leia nosso artigo principal sobre Simples Nacional.

Referências oficiais: 

Limite anual e o que é RBT12

Limite geral do regime: R$ 4,8 milhões de receita bruta por ano calendário.

RBT12: soma da receita bruta dos 12 meses imediatamente anteriores ao período de apuração. É esse valor que posiciona a empresa nas faixas e define efeitos de sublimite.

Empresa nova: até completar 13 meses, usa-se projeção por média. Ex.: abriu em abril, faturou R$ 80 mil até junho. RBT12 em junho = média mensal (R$ 26.666) × 12 = R$ 320 mil.

Sublimites e seus efeitos práticos

Quando o RBT12 cruza certos patamares, ISS e ICMS podem sair do DAS e ser pagos em guias separadas conforme leis do estado e do município.

Tabela — Sublimites do Simples Nacional

Faixa de RBT12Efeito sobre ISS/ICMSDesde quando
Até R$ 3,6 miPermanecem dentro do DASRegra padrão
R$ 3,6 mi a R$ 4,32 miFora do DASJaneiro do ano seguinte
R$ 4,32 mi a R$ 4,8 miFora do DASMês seguinte ao excesso
Acima de R$ 4,8 miDesenquadramento do SimplesInício do próximo ano
Acima de R$ 5,76 miDesenquadramento imediatoMês seguinte ao excesso


Observação: independentemente de sublimite, ICMS-ST e DIFAL são sempre fora do DAS.

Como calcular e monitorar o RBT12

  • Liste o faturamento bruto mês a mês.
  • Some os últimos 12 meses para achar o RBT12.
  • Projete o mês atual com base no pipeline para evitar surpresas.
  • Simule cenários: se o RBT12 projetado cruzar R$ 3,6 mi ou R$ 4,32 mi, programe a virada de ISS/ICMS fora do DAS.
  • Registre a data do excesso. Ela define se a mudança vale em janeiro do ano seguinte ou no mês seguinte.

Dica: um controle de RBT12 bem feito evita recolher imposto no lugar errado e reduz risco de autuação estadual ou municipal.

Quando ISS e ICMS saem do DAS na prática

  • Faixa 3,6–4,32 mi: você continua no Simples, mas a partir de janeiro do ano seguinte começa a recolher ISS e ICMS em guias próprias. Os tributos federais seguem no DAS.
  • Faixa 4,32–4,8 mi: a saída ocorre no mês seguinte ao que o excesso aconteceu.
  • Acima de 4,8 mi: o CNPJ migra de regime no início do próximo ano. Se passar de 5,76 mi, a saída é imediata com efeitos no mês seguinte.

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Exemplo completo: serviço no Anexo V com Fator R

  • Uma consultoria fatura R$ 420 mil de RBT12 e tem folha de 30% do faturamento. Pelo Fator R, a atividade pode ir ao Anexo III.
  • ISS dentro do DAS enquanto o RBT12 estiver abaixo de R$ 3,6 mi.
  • Se o RBT12 alcançar R$ 4,4 mi em agosto, a partir de setembro o ISS sai do DAS e passa a ser municipal, enquanto os federais continuam no DAS.

Estratégias para não pagar a mais

  • CNAE e anexo corretos: antes de mudar atividade, simule impacto em anexo e Fator R.
  • Folha inteligente para Fator R: para serviços do Anexo V, avaliar se elevar a folha pode levar ao Anexo III e reduzir a alíquota efetiva.
  • RBT12 sob controle: não misture receitas de atividades diferentes sem segregar por anexo.
  • Virada planejada: ao cruzar sublimite, alinhe NFS-e, guia municipal, guia estadual e PGDAS-D para não recolher em duplicidade.

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FAQ - Perguntas Frequentes sobre o Simples Nacional

1) Ultrapassei R$ 3,6 mi em novembro. Quando mudo?
A mudança de ISS/ICMS fora do DAS ocorre em janeiro do ano seguinte.

2) Ultrapassei R$ 4,32 mi em maio. Quando mudo?
A saída de ISS/ICMS do DAS ocorre no mês seguinte ao excesso, portanto junho.

3) Passei de R$ 4,8 mi e agora, desenquadrei?
Haverá desenquadramento do Simples Nacional a partir do início do próximo ano.

4) Excedi 20% do limite, cheguei a R$ 5,76 mi, desenquadrei?
O desenquadramento é imediato, com efeitos no mês seguinte.

5) Empresa nova calcula RBT12 como?
Até o 13º mês, por média projetada. Depois, sempre a soma dos últimos 12 meses.

6) ISS e ICMS fora do DAS mudam meu anexo?
Não. Anexo e Fator R continuam regendo os tributos dentro do DAS. O que muda é a forma de recolhimento de ISS/ICMS.

7) ICMS-ST e DIFAL entram no DAS?
Não. ICMS-ST e DIFAL são fora do DAS por natureza, mesmo abaixo do sublimite.

8) Tenho mais de uma empresa com os mesmos sócios. Soma para o limite?
Sim. A Receita considera a soma das receitas das empresas dos mesmos sócios para verificar o limite de R$ 4,8 milhões.

Conclusão

O coração do controle no Simples é o RBT12. É ele que define faixa, alíquota efetiva e o momento em que ISS e ICMS deixam o DAS. Com um acompanhamento mensal e uma virada bem planejada, você evita pagar imposto em duplicidade e reduz o risco de desenquadramento. Se quiser uma análise rápida do seu cenário e um plano de ação por faixas, tire suas dúvidas sobre regime tributário, Simples Nacional e abertura de empresa com nossos consultores. 

Para entender anexos, Fator R, cálculo do DAS e as demais regras do regime, avance para o nosso guia completo do Simples Nacional.

Erico Azevedo

Escrito por:

Erico Azevedo

Erico Azevedo é um empreendedor serial de negócios de tecnologia e co-fundador da Contabilidade.com, uma plataforma que resolve a vida de profissionais liberais e prestadores de serviços com CNPJ. Criou em 2018 a Wabbi Software, primeira plataforma contábil em nuvem do Brasil, posteriormente incorporada pela Contaazul, onde atuou na área de Produtos. É co-fundador do Contbank, primeiro banco digital que usa AI e Contadores para melhorar a vida de milhares de MPE's brasileiras. Foi também co-fundador do Investshop.com, no início dos anos 2000, junto a Guilherme Benchimol e outros executivos do Banco Bozano, Simonsen. Possui Ph.D. em Engenharia Elétrica pela UNICAMP e Ph.D. em Psicologia pela PUC/SP. Além de sua intensa atividade empresarial, é mentor de empresários e profissionais no Brasil e exterior.

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